Vendas B2B
Vendas B2B
11 de jun. de 2024
Escrito por:
Thiago Alves
Field sales: do porta a porta ao digital
Field sales: do porta a porta ao digital


Field sales ou venda de campo é a abordagem em que o vendedor visita clientes para diagnosticar necessidades e fechar pedidos. No modelo moderno, o time combina visitas estrategicas com canais digitais (ecommerce B2B e WhatsApp com IA), usa CRM, roteirizacao e BI, e foca em contas-chave, enquanto pedidos recorrentes rodam no autosservico.
Mas o que começou como um trabalho de porta em porta, carregando catálogos e mostruários pesados, se transformou em algo muito mais moderno e eficiente. Hoje, os vendedores de campo contam com uma variedade de tecnologias que facilitam (e muito!) o dia a dia deles. Vamos dar uma olhada nessa evolução e entender como chegamos até aqui.
O início do field sales
No passado, as vendas de campo eram uma verdadeira maratona. Imagine só: os vendedores saíam de porta em porta, carregando catálogos e amostras dos produtos para mostrar aos clientes. Era uma rotina cansativa, mas, naquela época, era a melhor forma de apresentar os produtos. O vendedor ia até a empresa do cliente, apresentava os produtos, tirava pedidos e, muitas vezes, fechava novos negócios na primeira visita. Não que essa prática tenha acabado, e nem vai. Mas, hoje em dia, existem formas muito mais eficientes de se aproveitar o time de vendas em campo.
Desafios enfrentados no passado:
Uso de catálogos e mostruários: Esses eram os principais aliados dos vendedores. Catálogos detalhados com fotos e descrições dos produtos, além de mostruários para mostrar a qualidade e as especificações dos itens.
Limitações de comunicação: Até pouco tempo atrás o mercado B2B utilizava os telefones fixos apenas para combinar o dia da visita e alinhar detalhes pontuais dos pedidos.
Logística e alcance: Cobrir grandes áreas geográficas era um desafio. Planejar rotas eficientes e visitar o máximo de clientes possível em um dia exigia muito tempo e esforço.
A transição para o field sales moderno
Com o tempo, as coisas começaram a mudar. A tecnologia começou a dar uma mãozinha e facilitar a vida dos vendedores de campo. O telefone fixo foi substituído pelo celular, o fax deu lugar ao e-mail, e os computadores portáteis começaram a fazer parte do dia a dia.
Introdução das tecnologias de comunicação:
Celulares e fax: Foram os primeiros passos para melhorar a comunicação entre os vendedores e os clientes. Permitiam agendar visitas e resolver problemas pontuais sem a necessidade de deslocamento imediato.
Surgimento do e-mail: Com a chegada do e-mail, a troca de informações ficou muito mais rápida e eficiente. Os vendedores podiam enviar cotações, responder dúvidas e até mesmo fechar negócios diretamente pela internet.
Ferramentas de apoio:
Computadores portáteis: A introdução dos laptops e notebooks foi revolucionária. Os vendedores agora podiam acessar informações sobre produtos, clientes e pedidos a qualquer momento e em qualquer lugar.
Primeiros softwares de CRM: Os sistemas de gestão de relacionamento com o cliente (CRM) começaram a ser usados para organizar informações de clientes, acompanhar interações e automatizar processos de vendas. Isso ajudou a aumentar a eficiência e a personalização no atendimento.
Mapa de decisão (quando visitar x quando digital)
Visita presencial quando: ticket alto, conta estrategica, negociacao complexa, onboarding de cliente novo, demonstração tecnica.
WhatsApp com IA (Zoe) quando: reposição recorrente, dúvida rápida, follow-up de orcamento.
Ecommerce B2B quando: pedido padrão, consulta de preço/tabela, status de pedido, listas de compra e favoritos.
Inside sales quando: qualificar leads, reativar inativos, ampliar mix em contas medias.
O impacto da internet e das tecnologias móveis
A chegada da internet e das tecnologias móveis trouxe uma verdadeira revolução para o field sales. Os vendedores de campo ganharam novas ferramentas que tornaram o trabalho mais dinâmico e eficiente.
A revolução da internet:
Catálogos online: A transição dos catálogos físicos para os digitais permitiu que os vendedores mostrassem uma gama muito maior de produtos de maneira prática e visualmente atraente. Os clientes podem navegar pelos produtos e conferir especificações pelo catálogo online.
Comércio eletrônico: Com a internet, os vendedores de campo passaram a ter acesso a plataformas de ecommerce B2B, permitindo que os clientes visualizassem produtos, preços e promoções online. Além de ser possível a realização de pedidos self-service respeitando as várias regras de negócio do B2B.
Ferramentas online de CRM: A evolução dos sistemas de CRM para plataformas online permitiu um acesso mais fácil e imediato às informações de clientes e vendas, tornando o acompanhamento e a gestão de relacionamento muito mais eficientes.
Smartphones e aplicativos:
Aplicativos de vendas: Os smartphones revolucionaram a forma como os vendedores de campo trabalham. Com aplicativos de vendas, eles podem acessar informações de produtos, histórico de clientes, realizar pedidos e até mesmo processar pagamentos diretamente do dispositivo móvel.
Navegação GPS: A tecnologia GPS tornou a logística muito mais fácil. Agora, os vendedores podem planejar rotas mais eficientes, economizar tempo e cobrir uma área maior em menos tempo.
Stack minimo para field sales eficiente
Camada | Ferramenta | Pra que serve |
---|---|---|
ERP | Sankhya, Bling, Tiny | Estoque, fiscal, faturamento |
Portal B2B | Zydon | Pedido autosservico, tabelas, listas e integracao ERP |
AIP de WhatsApp | Zoe (Zydon) | Tirar pedido por chat, reativar e lembrar reposicao |
CRM | HubSpot/Pipedrive/Salesforce | Pipeline, atividades, follow-ups |
Roteirizacao | Google Maps/Route4Me | Rotas e janelas |
BI | Data Studio/Power BI | Carteira, mix, margens, churn |
Playbook pratico do vendedor de campo moderno
Antes da visita (T–24h):
Revisar CRM: ultimas compras, ticket medio, SKUs chave, inadimplencia, SLA.
Definir objetivo: 1) expandir mix, 2) subida de tabela, 3) migrar para autosservico.
Preparar oferta: kit de SKUs-alvo + condicao (volume, prazo, frete).
Roteirizar percurso: zonas, horarios, janela de entrega.
Durante:
Abertura consultiva (dor + objetivo de negocio).
Diagnostico guiado (3 perguntas): volume, giro, margem por categoria.
Prova/mostra + pedido no ato (via app/portal).
Call to action: “te deixo a loja B2B pronta no seu celular para repor sem me chamar.”
Depois (T+24h):
Registrar no CRM: oportunidade, itens barrados, proxima acao.
Enviar lista salva/favoritos do cliente.
Acionar Zoe para lembrete de reposicao em X dias.
Medir field sales nao é contar visita. É saber se o cliente compra sem depender do vendedor, se o ciclo encurta e se a margem sobe nos itens certos. Os quadros abaixo resumem os KPIs. Em seguida, explico como ler e agir no dia a dia.
KPIs de field sales: o essencial
KPI | O que mede | Formula simples | Fonte |
---|---|---|---|
% de pedidos em autosservico | Quanto da base compra sem ajuda do vendedor | (pedidos no portal + WhatsApp IA) / pedidos do mes | ERP + Zydon + Zoe |
Pedidos por vendedor por dia | Entrega real diaria, nao so visita | pedidos do vendedor no mes / dias uteis | ERP + CRM |
Mix por cliente | Profundidade do mix por conta | itens unicos por cliente no mes | ERP |
Tempo medio de ciclo | Velocidade do funil | data primeiro toque ate data do pedido | CRM + ERP |
% carteira ativa 30 dias | Calor da base | clientes com 1 pedido em 30 dias / base ativa | ERP |
Margem por categoria | Lucro por linha onde o time investe tempo | (preco − custo − frete − taxas) / preco | ERP + BI |
Metas, leitura e gatilhos de ação
KPI | Meta pratica | Como ler | Se cair… | Se subir… |
---|---|---|---|---|
% autosservico | +3 a +5 p.p. por mes ate >60% | Sobe = agenda livre para abrir contas e mix | Rever listas, prazo e ruptura; ligar lembretes da Zoe | Migrar mais SKUs simples para portal |
Pedidos/vend./dia | 5 a 8 em carteiras maduras | Alta com ticket ok = foco bom; alta com ticket baixo = muita operacao pequena | Mover reposicao para autosservico; limpar carteira zumbi | Abrir novas contas; agendar visitas so onde ha tese |
Mix por cliente | +10% em 90 dias nas contas B e C | Mix baixo com giro alto = chance de cross | Criar kits por ramo; “compre junto” no portal; empurrao via Zoe | Revisar margem; trocar desconto por prazo ou brinde |
Tempo de ciclo | −20% em 60 dias | Longo e com muitos toques = prova fraca | Roteiro direto; proposta pronta por perfil; prova social | Acelerar MQLs; subir ticket nas contas que fecham rapido |
% carteira ativa 30d | >70% giro semanal; >50% giro mensal | Queda = risco de churn | Play de reativacao via Zoe; visita nas contas A | Expandir mix; criar lista salva por cliente |
Margem por categoria | Piso por categoria bem claro | Visita em linha de margem baixa = tempo mal investido | Revisar preco; pacote de valor; empurrar item de melhor margem | Replicar kit e regra nas contas B e C |
Como ler no mundo real (sem mistério)
% autosserviço sobe + pedidos/dia sobe + ciclo cai
Seu time tirou peso da rotina. Hora de abrir contas novas e subir mix nas contas B e C.% autosservico cai + pedidos/dia cai + carteira ativa cai
Tem atrito: ruptura, prazo ruim ou portal sem lista salva. Arrume o basico e ligue os lembretes da Zoe.Mix sobe + margem cai
Cross com desconto demais. Troque parte do desconto por prazo melhor, ou por kit com item de margem alta.Margem sobe + mix parado
Falta empurrao de item premium. Use “compre junto” no portal e um follow da Zoe com oferta clara.
Rotina de execução (roda toda semana)
Frequencia | Quem | Foco | Saida |
---|---|---|---|
Diario (15 min) | Vendedor | Carteira amarela/vermelha; disparo da Zoe com lista salva | 5 a 10 contatos por chat e 1 ajuste de lista |
Semanal (30 min) | Gestor | 6 KPIs; 3 contas por vendedor com tese de mix | Roteiro de visita e oferta por conta |
Mensal (45 min) | Time | Metas por canal; piso de margem por categoria | Plano do mes e quadro no BI |
Regras simples de canal (para nao errar o foco)
Situacao | Canal principal | Papel do vendedor |
---|---|---|
Conta A de alto potencial | Visita | Estrategia, acordo e mix |
Reposicao de SKUs padrao | WhatsApp IA (Zoe) | Monitorar excecao, nao digitar |
Pedido padrao/preco/tabela | Portal B2B | Negociar regra, nao o pedido |
Lead novo MQL | Inside sales | Qualificar e preparar a visita |
“Na pratica, o marco de maturidade é o aumento do pedido sem media humana. Quando o cliente repoe por conta, o vendedor libera agenda para abrir mercado e subir mix. Por isso, o primeiro KPI do seu time nao é visita, é % de pedidos em autosservico. Com esse indicador em alta, pedidos por vendedor por dia tambem sobe, o tempo de ciclo cai e a carteira ativa se mantém quente. A partir dai, a equipe escolhe onde investir visita: nas linhas de margem que movem o ponteiro e nas contas com tese clara de mix. O resto roda no portal e na Zoe.”
Popularização do inside sales:
As vendas por telefone começaram na década de 70, quando o telemarketing se tornou um dos principais canais de vendas nos EUA, espalhando-se rapidamente pelo mundo e estabelecendo um novo formato de vendas: Inside Sales.
Com o tempo, porém, essa abordagem perdeu prestígio devido a práticas inadequadas, como roteiros de vendas padronizados, falta de entusiasmo na voz, atendimento impessoal e pouca diferenciação entre clientes potenciais e pessoas desinteressadas.
Na década de 1980, com o avanço da tecnologia e as mudanças no comportamento do consumidor, surgiu a necessidade de diferenciar as abordagens de televendas e vendas por telefone, amplamente utilizadas nos mercados B2B e B2C.
Com o avanço constante das tecnologias de comunicação e internet dos anos 2000, o inside sales entrou como um time complementar ao de field sales.
Colaboração entre equipes: A integração entre field sales e inside sales tornou-se essencial. Enquanto os vendedores de campo estão em contato direto com os clientes, a equipe de inside sales pode oferecer suporte remoto, preparar materiais, enviar cotações e ajudar na negociação. Essa colaboração aumenta a eficiência e permite um atendimento mais completo e personalizado.
A era digital e o futuro do field sales
Estamos vivendo uma era digital que está transformando tudo ao nosso redor, e as vendas de campo não ficam de fora. Com novas tecnologias surgindo o tempo todo, o time de field sales está se adaptando para aproveitar essas inovações e continuar mandando bem no que fazem.
Integração com big data e analytics:
Coleta e análise de dados: Big data pode parecer um termo complicado, mas basicamente significa usar um montão de dados, de diferentes sistemas para entender melhor os clientes e prever o que eles vão querer. Isso ajuda os vendedores a se prepararem melhor e a personalizar suas abordagens.
Ferramentas de business intelligence: As famosas ferramentas de BI, elas transformam um monte de números e dados em insights úteis. Assim, os vendedores podem tomar decisões mais inteligentes e estratégicas, sem precisar de uma bola de cristal.
Automação e IA:
Chatbots e assistentes virtuais: Os chatbots estão aí para ajudar. Eles podem responder perguntas básicas dos clientes, liberar os vendedores para focarem em questões mais complexas e estratégicas.
Predição de vendas: Com a inteligência artificial, dá para prever o que os clientes vão querer. Isso significa menos tempo tentando adivinhar e mais tempo fechando negócios.
Realidade aumentada e virtual:
Demonstrações virtuais: Usar realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR) para mostrar produtos de uma forma interativa e imersiva é o futuro. Os clientes podem ver e experimentar os produtos sem sair do lugar.
Treinamento e simulação: AR e VR também são ótimos para treinar vendedores. Dá para simular várias situações e aprender de um jeito mais divertido e eficaz.
Ecommerce B2B:
Plataformas de ecommerce B2B: Essas plataformas permitem que os clientes façam pedidos self-service, visualizem produtos, preços e promoções online. Tudo isso, respeitando as regras de negócios B2B, facilita muito a vida dos vendedores de campo, que podem focar em expandir a carteira de clientes e realizar visitas mais estratégicas e menos operacionais.
Estudos de caso e exemplos práticos
Para entender melhor como todas essas mudanças impactaram o mundo das vendas de campo, nada melhor do que conferir alguns exemplos práticos e histórias de sucesso.
História de sucesso:
Panattos: A Panattos Alimentos nasceu em 2008, atuando na industrialização de produtos congelados voltados para o segmento de panificação. Hoje, a Panattos produz mais de 100 produtos, transportados em frota nova e veículos refrigerados para garantir a máxima qualidade.
“Nossos clientes são muito fiéis, uma vez que, como trabalhamos com produtos congelados, a maioria de nossos clientes tem que fazer pedidos semanais para reporem suas câmaras frias e/ou freezers,” explica Rusimário Bernardes, Gerente Administrativo da Panattos.
Antes da Zydon, a Panattos enfrentava desafios com o alto número de pedidos descentralizados através de diversos canais de venda, como WhatsApp, e-mail e telefone, resultando em muitos erros de identificação de produtos e quantidades, além de rupturas de estoque e complexidade logística.
“Com a Zydon, nossa expectativa era que o cliente teria mais facilidade e liberdade ao montar um pedido, podendo favoritar entre nosso mix de produtos, ele mesmo indicaria o que deseja comprar e as quantidades. E claro, tudo isso vindo diretamente para nosso ERP, sem necessidade de interferência de nossa equipe, iria reduzir os erros, melhorando nossa performance com os clientes.”
Após a implementação da plataforma Zydon, a Panattos viu uma redução quase a zero dos erros por falhas de interpretação e digitação.
“A Zydon trouxe eficiência e assertividade nos pedidos coletados, contribuindo enormemente para o negócio. Quem faz os pedidos é o próprio cliente, que conhece nossos produtos e sabe o que quer,” comenta Rusimário Bernardes.
Lições aprendidas:
Adaptação contínua: As empresas que se destacaram foram aquelas que se adaptaram rapidamente às novas tecnologias e metodologias. Não dá para ficar parado enquanto o mundo ao redor evolui.
Integração de equipes: Integrar field sales com inside sales e usar ferramentas de comunicação eficientes fez toda a diferença. O trabalho em equipe se tornou mais fluido e produtivo, com todos alinhados nas mesmas metas e estratégias.
A jornada do field sales, desde o porta a porta até a era digital, mostra o quanto a tecnologia pode transformar e melhorar processos tradicionais. Hoje, com todas as ferramentas e inovações disponíveis, o trabalho dos vendedores de campo se tornou muito mais eficiente e estratégico.
Com big data, inteligência artificial, realidade aumentada e plataformas de e-commerce B2B, a vida dos vendedores ficou muito mais fácil. Essas tecnologias não só ajudam os vendedores, mas também proporcionam uma experiência de compra melhor e mais personalizada para os clientes.
O futuro do field sales promete ainda mais inovações e oportunidades. A chave para o sucesso é se adaptar e explorar novas ferramentas que possam otimizar as operações e fortalecer as relações com os clientes. Afinal, vender é mais do que apenas fechar negócios; é construir conexões duradouras e proporcionar valor real.
Então, se você ainda está usando métodos antigos, talvez seja hora de considerar essas novas tecnologias e ver como elas podem revolucionar seu processo de vendas. O futuro é agora, e as possibilidades são infinitas!
Field sales ou venda de campo é a abordagem em que o vendedor visita clientes para diagnosticar necessidades e fechar pedidos. No modelo moderno, o time combina visitas estrategicas com canais digitais (ecommerce B2B e WhatsApp com IA), usa CRM, roteirizacao e BI, e foca em contas-chave, enquanto pedidos recorrentes rodam no autosservico.
Mas o que começou como um trabalho de porta em porta, carregando catálogos e mostruários pesados, se transformou em algo muito mais moderno e eficiente. Hoje, os vendedores de campo contam com uma variedade de tecnologias que facilitam (e muito!) o dia a dia deles. Vamos dar uma olhada nessa evolução e entender como chegamos até aqui.
O início do field sales
No passado, as vendas de campo eram uma verdadeira maratona. Imagine só: os vendedores saíam de porta em porta, carregando catálogos e amostras dos produtos para mostrar aos clientes. Era uma rotina cansativa, mas, naquela época, era a melhor forma de apresentar os produtos. O vendedor ia até a empresa do cliente, apresentava os produtos, tirava pedidos e, muitas vezes, fechava novos negócios na primeira visita. Não que essa prática tenha acabado, e nem vai. Mas, hoje em dia, existem formas muito mais eficientes de se aproveitar o time de vendas em campo.
Desafios enfrentados no passado:
Uso de catálogos e mostruários: Esses eram os principais aliados dos vendedores. Catálogos detalhados com fotos e descrições dos produtos, além de mostruários para mostrar a qualidade e as especificações dos itens.
Limitações de comunicação: Até pouco tempo atrás o mercado B2B utilizava os telefones fixos apenas para combinar o dia da visita e alinhar detalhes pontuais dos pedidos.
Logística e alcance: Cobrir grandes áreas geográficas era um desafio. Planejar rotas eficientes e visitar o máximo de clientes possível em um dia exigia muito tempo e esforço.
A transição para o field sales moderno
Com o tempo, as coisas começaram a mudar. A tecnologia começou a dar uma mãozinha e facilitar a vida dos vendedores de campo. O telefone fixo foi substituído pelo celular, o fax deu lugar ao e-mail, e os computadores portáteis começaram a fazer parte do dia a dia.
Introdução das tecnologias de comunicação:
Celulares e fax: Foram os primeiros passos para melhorar a comunicação entre os vendedores e os clientes. Permitiam agendar visitas e resolver problemas pontuais sem a necessidade de deslocamento imediato.
Surgimento do e-mail: Com a chegada do e-mail, a troca de informações ficou muito mais rápida e eficiente. Os vendedores podiam enviar cotações, responder dúvidas e até mesmo fechar negócios diretamente pela internet.
Ferramentas de apoio:
Computadores portáteis: A introdução dos laptops e notebooks foi revolucionária. Os vendedores agora podiam acessar informações sobre produtos, clientes e pedidos a qualquer momento e em qualquer lugar.
Primeiros softwares de CRM: Os sistemas de gestão de relacionamento com o cliente (CRM) começaram a ser usados para organizar informações de clientes, acompanhar interações e automatizar processos de vendas. Isso ajudou a aumentar a eficiência e a personalização no atendimento.
Mapa de decisão (quando visitar x quando digital)
Visita presencial quando: ticket alto, conta estrategica, negociacao complexa, onboarding de cliente novo, demonstração tecnica.
WhatsApp com IA (Zoe) quando: reposição recorrente, dúvida rápida, follow-up de orcamento.
Ecommerce B2B quando: pedido padrão, consulta de preço/tabela, status de pedido, listas de compra e favoritos.
Inside sales quando: qualificar leads, reativar inativos, ampliar mix em contas medias.
O impacto da internet e das tecnologias móveis
A chegada da internet e das tecnologias móveis trouxe uma verdadeira revolução para o field sales. Os vendedores de campo ganharam novas ferramentas que tornaram o trabalho mais dinâmico e eficiente.
A revolução da internet:
Catálogos online: A transição dos catálogos físicos para os digitais permitiu que os vendedores mostrassem uma gama muito maior de produtos de maneira prática e visualmente atraente. Os clientes podem navegar pelos produtos e conferir especificações pelo catálogo online.
Comércio eletrônico: Com a internet, os vendedores de campo passaram a ter acesso a plataformas de ecommerce B2B, permitindo que os clientes visualizassem produtos, preços e promoções online. Além de ser possível a realização de pedidos self-service respeitando as várias regras de negócio do B2B.
Ferramentas online de CRM: A evolução dos sistemas de CRM para plataformas online permitiu um acesso mais fácil e imediato às informações de clientes e vendas, tornando o acompanhamento e a gestão de relacionamento muito mais eficientes.
Smartphones e aplicativos:
Aplicativos de vendas: Os smartphones revolucionaram a forma como os vendedores de campo trabalham. Com aplicativos de vendas, eles podem acessar informações de produtos, histórico de clientes, realizar pedidos e até mesmo processar pagamentos diretamente do dispositivo móvel.
Navegação GPS: A tecnologia GPS tornou a logística muito mais fácil. Agora, os vendedores podem planejar rotas mais eficientes, economizar tempo e cobrir uma área maior em menos tempo.
Stack minimo para field sales eficiente
Camada | Ferramenta | Pra que serve |
---|---|---|
ERP | Sankhya, Bling, Tiny | Estoque, fiscal, faturamento |
Portal B2B | Zydon | Pedido autosservico, tabelas, listas e integracao ERP |
AIP de WhatsApp | Zoe (Zydon) | Tirar pedido por chat, reativar e lembrar reposicao |
CRM | HubSpot/Pipedrive/Salesforce | Pipeline, atividades, follow-ups |
Roteirizacao | Google Maps/Route4Me | Rotas e janelas |
BI | Data Studio/Power BI | Carteira, mix, margens, churn |
Playbook pratico do vendedor de campo moderno
Antes da visita (T–24h):
Revisar CRM: ultimas compras, ticket medio, SKUs chave, inadimplencia, SLA.
Definir objetivo: 1) expandir mix, 2) subida de tabela, 3) migrar para autosservico.
Preparar oferta: kit de SKUs-alvo + condicao (volume, prazo, frete).
Roteirizar percurso: zonas, horarios, janela de entrega.
Durante:
Abertura consultiva (dor + objetivo de negocio).
Diagnostico guiado (3 perguntas): volume, giro, margem por categoria.
Prova/mostra + pedido no ato (via app/portal).
Call to action: “te deixo a loja B2B pronta no seu celular para repor sem me chamar.”
Depois (T+24h):
Registrar no CRM: oportunidade, itens barrados, proxima acao.
Enviar lista salva/favoritos do cliente.
Acionar Zoe para lembrete de reposicao em X dias.
Medir field sales nao é contar visita. É saber se o cliente compra sem depender do vendedor, se o ciclo encurta e se a margem sobe nos itens certos. Os quadros abaixo resumem os KPIs. Em seguida, explico como ler e agir no dia a dia.
KPIs de field sales: o essencial
KPI | O que mede | Formula simples | Fonte |
---|---|---|---|
% de pedidos em autosservico | Quanto da base compra sem ajuda do vendedor | (pedidos no portal + WhatsApp IA) / pedidos do mes | ERP + Zydon + Zoe |
Pedidos por vendedor por dia | Entrega real diaria, nao so visita | pedidos do vendedor no mes / dias uteis | ERP + CRM |
Mix por cliente | Profundidade do mix por conta | itens unicos por cliente no mes | ERP |
Tempo medio de ciclo | Velocidade do funil | data primeiro toque ate data do pedido | CRM + ERP |
% carteira ativa 30 dias | Calor da base | clientes com 1 pedido em 30 dias / base ativa | ERP |
Margem por categoria | Lucro por linha onde o time investe tempo | (preco − custo − frete − taxas) / preco | ERP + BI |
Metas, leitura e gatilhos de ação
KPI | Meta pratica | Como ler | Se cair… | Se subir… |
---|---|---|---|---|
% autosservico | +3 a +5 p.p. por mes ate >60% | Sobe = agenda livre para abrir contas e mix | Rever listas, prazo e ruptura; ligar lembretes da Zoe | Migrar mais SKUs simples para portal |
Pedidos/vend./dia | 5 a 8 em carteiras maduras | Alta com ticket ok = foco bom; alta com ticket baixo = muita operacao pequena | Mover reposicao para autosservico; limpar carteira zumbi | Abrir novas contas; agendar visitas so onde ha tese |
Mix por cliente | +10% em 90 dias nas contas B e C | Mix baixo com giro alto = chance de cross | Criar kits por ramo; “compre junto” no portal; empurrao via Zoe | Revisar margem; trocar desconto por prazo ou brinde |
Tempo de ciclo | −20% em 60 dias | Longo e com muitos toques = prova fraca | Roteiro direto; proposta pronta por perfil; prova social | Acelerar MQLs; subir ticket nas contas que fecham rapido |
% carteira ativa 30d | >70% giro semanal; >50% giro mensal | Queda = risco de churn | Play de reativacao via Zoe; visita nas contas A | Expandir mix; criar lista salva por cliente |
Margem por categoria | Piso por categoria bem claro | Visita em linha de margem baixa = tempo mal investido | Revisar preco; pacote de valor; empurrar item de melhor margem | Replicar kit e regra nas contas B e C |
Como ler no mundo real (sem mistério)
% autosserviço sobe + pedidos/dia sobe + ciclo cai
Seu time tirou peso da rotina. Hora de abrir contas novas e subir mix nas contas B e C.% autosservico cai + pedidos/dia cai + carteira ativa cai
Tem atrito: ruptura, prazo ruim ou portal sem lista salva. Arrume o basico e ligue os lembretes da Zoe.Mix sobe + margem cai
Cross com desconto demais. Troque parte do desconto por prazo melhor, ou por kit com item de margem alta.Margem sobe + mix parado
Falta empurrao de item premium. Use “compre junto” no portal e um follow da Zoe com oferta clara.
Rotina de execução (roda toda semana)
Frequencia | Quem | Foco | Saida |
---|---|---|---|
Diario (15 min) | Vendedor | Carteira amarela/vermelha; disparo da Zoe com lista salva | 5 a 10 contatos por chat e 1 ajuste de lista |
Semanal (30 min) | Gestor | 6 KPIs; 3 contas por vendedor com tese de mix | Roteiro de visita e oferta por conta |
Mensal (45 min) | Time | Metas por canal; piso de margem por categoria | Plano do mes e quadro no BI |
Regras simples de canal (para nao errar o foco)
Situacao | Canal principal | Papel do vendedor |
---|---|---|
Conta A de alto potencial | Visita | Estrategia, acordo e mix |
Reposicao de SKUs padrao | WhatsApp IA (Zoe) | Monitorar excecao, nao digitar |
Pedido padrao/preco/tabela | Portal B2B | Negociar regra, nao o pedido |
Lead novo MQL | Inside sales | Qualificar e preparar a visita |
“Na pratica, o marco de maturidade é o aumento do pedido sem media humana. Quando o cliente repoe por conta, o vendedor libera agenda para abrir mercado e subir mix. Por isso, o primeiro KPI do seu time nao é visita, é % de pedidos em autosservico. Com esse indicador em alta, pedidos por vendedor por dia tambem sobe, o tempo de ciclo cai e a carteira ativa se mantém quente. A partir dai, a equipe escolhe onde investir visita: nas linhas de margem que movem o ponteiro e nas contas com tese clara de mix. O resto roda no portal e na Zoe.”
Popularização do inside sales:
As vendas por telefone começaram na década de 70, quando o telemarketing se tornou um dos principais canais de vendas nos EUA, espalhando-se rapidamente pelo mundo e estabelecendo um novo formato de vendas: Inside Sales.
Com o tempo, porém, essa abordagem perdeu prestígio devido a práticas inadequadas, como roteiros de vendas padronizados, falta de entusiasmo na voz, atendimento impessoal e pouca diferenciação entre clientes potenciais e pessoas desinteressadas.
Na década de 1980, com o avanço da tecnologia e as mudanças no comportamento do consumidor, surgiu a necessidade de diferenciar as abordagens de televendas e vendas por telefone, amplamente utilizadas nos mercados B2B e B2C.
Com o avanço constante das tecnologias de comunicação e internet dos anos 2000, o inside sales entrou como um time complementar ao de field sales.
Colaboração entre equipes: A integração entre field sales e inside sales tornou-se essencial. Enquanto os vendedores de campo estão em contato direto com os clientes, a equipe de inside sales pode oferecer suporte remoto, preparar materiais, enviar cotações e ajudar na negociação. Essa colaboração aumenta a eficiência e permite um atendimento mais completo e personalizado.
A era digital e o futuro do field sales
Estamos vivendo uma era digital que está transformando tudo ao nosso redor, e as vendas de campo não ficam de fora. Com novas tecnologias surgindo o tempo todo, o time de field sales está se adaptando para aproveitar essas inovações e continuar mandando bem no que fazem.
Integração com big data e analytics:
Coleta e análise de dados: Big data pode parecer um termo complicado, mas basicamente significa usar um montão de dados, de diferentes sistemas para entender melhor os clientes e prever o que eles vão querer. Isso ajuda os vendedores a se prepararem melhor e a personalizar suas abordagens.
Ferramentas de business intelligence: As famosas ferramentas de BI, elas transformam um monte de números e dados em insights úteis. Assim, os vendedores podem tomar decisões mais inteligentes e estratégicas, sem precisar de uma bola de cristal.
Automação e IA:
Chatbots e assistentes virtuais: Os chatbots estão aí para ajudar. Eles podem responder perguntas básicas dos clientes, liberar os vendedores para focarem em questões mais complexas e estratégicas.
Predição de vendas: Com a inteligência artificial, dá para prever o que os clientes vão querer. Isso significa menos tempo tentando adivinhar e mais tempo fechando negócios.
Realidade aumentada e virtual:
Demonstrações virtuais: Usar realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR) para mostrar produtos de uma forma interativa e imersiva é o futuro. Os clientes podem ver e experimentar os produtos sem sair do lugar.
Treinamento e simulação: AR e VR também são ótimos para treinar vendedores. Dá para simular várias situações e aprender de um jeito mais divertido e eficaz.
Ecommerce B2B:
Plataformas de ecommerce B2B: Essas plataformas permitem que os clientes façam pedidos self-service, visualizem produtos, preços e promoções online. Tudo isso, respeitando as regras de negócios B2B, facilita muito a vida dos vendedores de campo, que podem focar em expandir a carteira de clientes e realizar visitas mais estratégicas e menos operacionais.
Estudos de caso e exemplos práticos
Para entender melhor como todas essas mudanças impactaram o mundo das vendas de campo, nada melhor do que conferir alguns exemplos práticos e histórias de sucesso.
História de sucesso:
Panattos: A Panattos Alimentos nasceu em 2008, atuando na industrialização de produtos congelados voltados para o segmento de panificação. Hoje, a Panattos produz mais de 100 produtos, transportados em frota nova e veículos refrigerados para garantir a máxima qualidade.
“Nossos clientes são muito fiéis, uma vez que, como trabalhamos com produtos congelados, a maioria de nossos clientes tem que fazer pedidos semanais para reporem suas câmaras frias e/ou freezers,” explica Rusimário Bernardes, Gerente Administrativo da Panattos.
Antes da Zydon, a Panattos enfrentava desafios com o alto número de pedidos descentralizados através de diversos canais de venda, como WhatsApp, e-mail e telefone, resultando em muitos erros de identificação de produtos e quantidades, além de rupturas de estoque e complexidade logística.
“Com a Zydon, nossa expectativa era que o cliente teria mais facilidade e liberdade ao montar um pedido, podendo favoritar entre nosso mix de produtos, ele mesmo indicaria o que deseja comprar e as quantidades. E claro, tudo isso vindo diretamente para nosso ERP, sem necessidade de interferência de nossa equipe, iria reduzir os erros, melhorando nossa performance com os clientes.”
Após a implementação da plataforma Zydon, a Panattos viu uma redução quase a zero dos erros por falhas de interpretação e digitação.
“A Zydon trouxe eficiência e assertividade nos pedidos coletados, contribuindo enormemente para o negócio. Quem faz os pedidos é o próprio cliente, que conhece nossos produtos e sabe o que quer,” comenta Rusimário Bernardes.
Lições aprendidas:
Adaptação contínua: As empresas que se destacaram foram aquelas que se adaptaram rapidamente às novas tecnologias e metodologias. Não dá para ficar parado enquanto o mundo ao redor evolui.
Integração de equipes: Integrar field sales com inside sales e usar ferramentas de comunicação eficientes fez toda a diferença. O trabalho em equipe se tornou mais fluido e produtivo, com todos alinhados nas mesmas metas e estratégias.
A jornada do field sales, desde o porta a porta até a era digital, mostra o quanto a tecnologia pode transformar e melhorar processos tradicionais. Hoje, com todas as ferramentas e inovações disponíveis, o trabalho dos vendedores de campo se tornou muito mais eficiente e estratégico.
Com big data, inteligência artificial, realidade aumentada e plataformas de e-commerce B2B, a vida dos vendedores ficou muito mais fácil. Essas tecnologias não só ajudam os vendedores, mas também proporcionam uma experiência de compra melhor e mais personalizada para os clientes.
O futuro do field sales promete ainda mais inovações e oportunidades. A chave para o sucesso é se adaptar e explorar novas ferramentas que possam otimizar as operações e fortalecer as relações com os clientes. Afinal, vender é mais do que apenas fechar negócios; é construir conexões duradouras e proporcionar valor real.
Então, se você ainda está usando métodos antigos, talvez seja hora de considerar essas novas tecnologias e ver como elas podem revolucionar seu processo de vendas. O futuro é agora, e as possibilidades são infinitas!
Venda 24/7 sem aumentar a equipe |
Venda 24/7sem aumentara equipe |
Feito para distribuidoras e indústrias que precisam dar autonomia ao cliente
e liberar tempo do comercial.
Feito para distribuidoras e indústrias que precisam dar autonomia ao cliente e liberar tempo do comercial.
Venda sem limites: IA entende áudio, texto e imagem e fecha pedidos automaticamente
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Time livre para crescer: tenha acessos ilimitados para vendedores
Escrito por:
Thiago Alves