Gestão
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3 de jul. de 2025
Escrito por:
Mariana Cirilo
Lucro na ponta do lápis, será que estou precificando corretamente?
Lucro na ponta do lápis, será que estou precificando corretamente?


Você já se perguntou se está realmente ganhando dinheiro ou apenas trabalhando de graça? Muitos empresários brasileiros descobrem tarde demais que aquele produto "campeão de vendas" na verdade estava sugando o caixa da empresa.
Com o crescimento de 24,9% na abertura de novos pequenos negócios no Brasil, segundo o Sebrae, nunca foi tão importante dominar o cálculo do lucro real. Afinal, não adianta faturar milhões se no final do mês sobra apenas dor de cabeça.
Calcular lucro na ponta do lápis significa ir além dos números que aparecem na superfície. Portanto, vamos descobrir como fazer essa análise de forma simples e eficaz. Assim, você toma decisões baseadas em dados concretos, não em achismos que podem quebrar seu negócio.
Segundo o Sebrae e a Fenacon, o Brasil registrou a abertura de 2,21 milhões de novos pequenos negócios (incluindo MEI, ME e EPP) entre janeiro e maio de 2025, um crescimento de 24,9% em relação ao mesmo período de 2024, com os Microempreendedores Individuais (MEIs) representando 77,4% do total. Esse desempenho reforça o protagonismo dos pequenos negócios na economia brasileira, responsáveis por mais de 60% dos empregos e 26,5% do PIB nacional.
O que é lucro na ponta do lápis
Lucro na ponta do lápis é uma expressão bem brasileira que significa calcular lucro real de forma simples e direta. Basicamente, você pega papel, caneta e faz as contas sem enrolação. Nada de planilhas complexas ou softwares caros no primeiro momento.
Essa metodologia consiste em anotar todos os custos envolvidos na produção ou venda de um produto. Em seguida, você subtrai esses valores do preço de venda. O resultado mostra se você está realmente ganhando dinheiro ou apenas trabalhando de graça.
Por exemplo, imagine que você vende uma peça por R$ 100. Contudo, quando soma matéria-prima, mão de obra, energia elétrica e outros gastos, descobre que gastou R$ 95. Portanto, seu lucro real é apenas R$ 5, não os R$ 100 que pareciam no início.
A análise de lucratividade vai além do básico. Ela inclui custos que muitos empresários esquecem, como depreciação de equipamentos, pró-labore do dono e até mesmo o aluguel do espaço usado para produção. Dessa forma, você tem uma visão completa da rentabilidade.
Muitos confundem faturamento com lucro. Entretanto, uma empresa pode faturar milhões e ainda assim ter prejuízo. Por isso, a precificação rentável se torna fundamental para a sobrevivência do negócio.
Além disso, esse método ajuda a identificar produtos que parecem rentáveis mas na verdade sugam dinheiro da empresa. Igualmente, revela oportunidades de otimização de custos que passavam despercebidas. Assim, você toma decisões baseadas em dados reais, não em suposições.
Para quem serve o controle de lucro na ponta do lápis
Primeiramente, vamos ser diretos: calcular lucro real não é luxo, é necessidade básica para qualquer negócio que quer sobreviver. Contudo, muitos empresários ainda acreditam que podem "sentir" se estão ganhando dinheiro ou não.
A precificação rentável serve especialmente para donos de pequenas indústrias que fabricam produtos sob medida. Por exemplo, aquele empresário que produz móveis planejados e sempre fica na dúvida se cobrou o preço certo. Além disso, distribuidoras que trabalham com centenas de produtos diferentes precisam dessa análise para saber quais itens realmente trazem retorno.
Gestores financeiros também se beneficiam enormemente dessa prática. Afinal, eles precisam apresentar números concretos para a diretoria, não apenas "achismos". Da mesma forma, gestores comerciais usam a análise de lucratividade para definir quais produtos devem ser empurrados pela equipe de vendas.
Microempreendedores individuais representam uma fatia importante desse público. Com o crescimento de 24,9% na abertura de novos pequenos negócios no Brasil, segundo dados do Sebrae, muitos MEIs descobrem que precisam profissionalizar sua gestão financeira rapidamente.
Entretanto, não são apenas os pequenos que precisam dessa ferramenta. Médias indústrias frequentemente descobrem que produtos que pareciam rentáveis na verdade estavam gerando prejuízo silencioso. Por isso, gestores de marketing também entram nessa conta, pois precisam saber onde investir o orçamento de divulgação.
Igualmente importante é o papel dos gestores comerciais de distribuidoras. Eles lidam com margens apertadas e concorrência feroz. Logo, conhecer o lucro real de cada linha de produto faz toda diferença na hora de negociar com fornecedores e clientes.
Os principais benefícios de calcular o lucro real
Primeiramente, quando você domina o cálculo do lucro real, ganha uma visão cristalina sobre quais produtos realmente fazem sua empresa crescer. Muitos empresários ficam surpresos ao descobrir que aquele produto "campeão de vendas" na verdade estava corroendo o caixa da empresa.
A precificação rentável traz um benefício imediato: você para de trabalhar no vermelho sem saber. Por exemplo, conheci um dono de distribuidora que vendia determinado produto há anos achando que tinha boa margem. Quando fez as contas na ponta do lápis, descobriu que perdia R$ 2 em cada unidade vendida. Resultado? Parou de vender esse item e o caixa da empresa melhorou instantaneamente.
Além disso, a análise de lucratividade permite negociar com muito mais segurança. Você sabe exatamente até onde pode baixar o preço sem entrar no prejuízo. Dessa forma, não perde vendas por medo nem aceita propostas que vão quebrar sua empresa.
Outro benefício importante é a otimização do mix de produtos. Quando você identifica os itens mais rentáveis, pode direcionar seus esforços de vendas e marketing para eles. Consequentemente, sua equipe comercial trabalha de forma mais inteligente, focando no que realmente traz retorno.
Igualmente relevante é o controle sobre custos ocultos. Muitas vezes, pequenos gastos passam despercebidos e corroem a margem silenciosamente. Contudo, quando você faz o lucro na ponta do lápis regularmente, esses "vazamentos" ficam evidentes. Assim, você pode tomar medidas corretivas antes que o problema se torne grave.
Finalmente, ter clareza sobre a lucratividade real melhora drasticamente seu planejamento financeiro. Você consegue projetar crescimento baseado em dados concretos, não em esperanças.
Como começar a calcular seu lucro real
Começar a calcular lucro real é mais simples do que parece, mas exige organização desde o primeiro passo. Primeiramente, separe uma tarde inteira para essa tarefa, pois você vai precisar de concentração total. Além disso, tenha em mãos todas as notas fiscais, recibos e comprovantes dos últimos três meses.
O primeiro movimento é escolher um produto específico para análise. Evite tentar calcular tudo de uma vez, pois isso gera confusão e desânimo. Por exemplo, se você tem uma distribuidora com 200 itens, comece pelo produto que mais vende ou pelo que gera mais dúvidas sobre rentabilidade.
Em seguida, liste absolutamente todos os custos envolvidos nesse produto. Isso inclui o óbvio, como preço de compra do fornecedor, mas também os custos que muitos esquecem. Portanto, anote frete, impostos, comissão de vendedores, energia elétrica proporcional e até mesmo o combustível gasto nas entregas.
Contudo, o segredo está nos custos indiretos. Muitos empresários calculam apenas custos diretos e se iludem com margens falsas. Logo, inclua uma parcela do aluguel, salários administrativos, telefone e internet. Uma dica prática é dividir esses custos fixos pelo número total de produtos vendidos no mês.
Posteriormente, some todos esses valores e subtraia do preço de venda. O resultado é seu lucro real por unidade. Entretanto, não pare por aí. Multiplique esse valor pela quantidade vendida mensalmente para ter uma visão completa da contribuição desse produto para sua empresa.
Finalmente, documente tudo em uma planilha simples ou até mesmo em um caderno. Dessa forma, você pode repetir o processo mensalmente e acompanhar a evolução da lucratividade.
Quando é o melhor momento para calcular o lucro real
Definir o momento certo para fazer a análise de lucratividade pode ser a diferença entre salvar ou afundar seu negócio. Primeiramente, muitos empresários cometem o erro de esperar problemas financeiros aparecerem para começar a calcular lucro real. Contudo, essa abordagem reativa pode ser tarde demais.
O momento ideal para começar é logo após o primeiro mês completo de operação. Nesse período, você já tem dados suficientes para uma precificação rentável inicial. Além disso, ainda há tempo para ajustar preços e processos sem grandes prejuízos acumulados.
Entretanto, existem situações específicas que exigem cálculo imediato do lucro na ponta do lápis. Por exemplo, quando você percebe que o caixa está sempre apertado mesmo com vendas em alta. Da mesma forma, se a concorrência baixou preços drasticamente, você precisa saber até onde pode acompanhar sem quebrar.
Mudanças no cenário econômico também pedem revisão urgente. Com a inflação afetando custos de matéria-prima e energia, aquele produto rentável de seis meses atrás pode estar gerando prejuízo hoje. Logo, momentos de instabilidade econômica exigem monitoramento mais frequente da lucratividade.
Igualmente importante é revisar os cálculos antes de grandes investimentos. Se você planeja ampliar a produção de determinado item, certifique-se de que ele realmente traz retorno positivo. Assim, evita multiplicar prejuízos em escala maior.
Segundo dados do Sebrae, com 2,21 milhões de novos pequenos negócios abertos nos primeiros cinco meses do ano, a concorrência está mais acirrada. Portanto, empresários estabelecidos precisam revisar sua análise de lucratividade trimestralmente para manter competitividade.
Finalmente, sempre calcule lucro real antes de lançar produtos novos ou entrar em novos mercados. Dessa forma, você toma decisões baseadas em números concretos, não em expectativas otimistas que podem não se confirmar na prática.
Perguntas frequentes sobre lucratividade
Como calcular o lucro real do meu negócio?
Para calcular o lucro real, você precisa ir além da receita bruta. Primeiramente, some todos os custos diretos do produto, como matéria-prima e mão de obra. Em seguida, inclua os custos indiretos: aluguel, energia, salários administrativos e impostos.
A fórmula básica é: Receita Total - (Custos Diretos + Custos Indiretos) = Lucro Real. Muitos empresários esquecem custos "invisíveis" como depreciação de equipamentos ou pró-labore. Por isso, mantenha uma planilha detalhada com todos os gastos mensais.
Qual a diferença entre margem bruta e margem líquida?
A margem bruta considera apenas os custos diretos de produção. Já a margem líquida inclui todos os gastos operacionais. Por exemplo, se você vende um produto por R$ 100 que custa R$ 60 para produzir, sua margem bruta é 40%.
Contudo, após descontar impostos, comissões e despesas fixas, sua margem líquida pode cair para 15%. Essa diferença é crucial para uma precificação rentável e sustentável.
Como fazer análise de lucratividade por produto?
Analise cada produto separadamente para identificar os mais rentáveis. Liste todos os custos específicos: materiais, tempo de produção, embalagem e frete. Depois, calcule quanto cada item contribui para cobrir os custos fixos.
Produtos com maior margem de contribuição merecem mais investimento em marketing. Igualmente, itens com baixa rentabilidade podem precisar de reajuste de preço ou reformulação.
Com que frequência devo revisar meus preços?
Revise seus preços pelo menos a cada três meses. Custos de matéria-prima, energia e combustível mudam constantemente. Além disso, monitore a concorrência e o comportamento do mercado.
Tenha sempre o lucro na ponta do lápis antes de tomar decisões. Uma planilha simples com custos atualizados ajuda a manter a rentabilidade sem perder competitividade no mercado.
O próximo passo para dominar sua lucratividade
Agora que você conhece os fundamentos para calcular lucro real, chegou a hora de colocar a mão na massa. Lembre-se: conhecimento sem ação é apenas teoria cara guardada na gaveta.
Comece hoje mesmo escolhendo seu produto mais vendido e faça o exercício completo. Anote todos os custos, por menores que pareçam. Dessa forma, você terá sua primeira análise de lucratividade concreta em poucas horas.
Além disso, considere que ferramentas digitais podem acelerar esse processo sem complicar sua rotina. Plataformas modernas de gestão comercial já calculam automaticamente margens e custos, liberando seu tempo para focar no crescimento estratégico do negócio.
A precificação rentável é uma habilidade que se desenvolve com prática. Portanto, não desanime se os primeiros cálculos revelarem surpresas desagradáveis. Muitos empresários descobrem produtos deficitários e transformam essa descoberta em oportunidade de otimização de processos.
Finalmente, mantenha sempre em mente que lucro na ponta do lápis não é apenas sobre números. É sobre garantir que seu trabalho duro se transforme em crescimento real e sustentável para sua empresa.
Você já se perguntou se está realmente ganhando dinheiro ou apenas trabalhando de graça? Muitos empresários brasileiros descobrem tarde demais que aquele produto "campeão de vendas" na verdade estava sugando o caixa da empresa.
Com o crescimento de 24,9% na abertura de novos pequenos negócios no Brasil, segundo o Sebrae, nunca foi tão importante dominar o cálculo do lucro real. Afinal, não adianta faturar milhões se no final do mês sobra apenas dor de cabeça.
Calcular lucro na ponta do lápis significa ir além dos números que aparecem na superfície. Portanto, vamos descobrir como fazer essa análise de forma simples e eficaz. Assim, você toma decisões baseadas em dados concretos, não em achismos que podem quebrar seu negócio.
Segundo o Sebrae e a Fenacon, o Brasil registrou a abertura de 2,21 milhões de novos pequenos negócios (incluindo MEI, ME e EPP) entre janeiro e maio de 2025, um crescimento de 24,9% em relação ao mesmo período de 2024, com os Microempreendedores Individuais (MEIs) representando 77,4% do total. Esse desempenho reforça o protagonismo dos pequenos negócios na economia brasileira, responsáveis por mais de 60% dos empregos e 26,5% do PIB nacional.
O que é lucro na ponta do lápis
Lucro na ponta do lápis é uma expressão bem brasileira que significa calcular lucro real de forma simples e direta. Basicamente, você pega papel, caneta e faz as contas sem enrolação. Nada de planilhas complexas ou softwares caros no primeiro momento.
Essa metodologia consiste em anotar todos os custos envolvidos na produção ou venda de um produto. Em seguida, você subtrai esses valores do preço de venda. O resultado mostra se você está realmente ganhando dinheiro ou apenas trabalhando de graça.
Por exemplo, imagine que você vende uma peça por R$ 100. Contudo, quando soma matéria-prima, mão de obra, energia elétrica e outros gastos, descobre que gastou R$ 95. Portanto, seu lucro real é apenas R$ 5, não os R$ 100 que pareciam no início.
A análise de lucratividade vai além do básico. Ela inclui custos que muitos empresários esquecem, como depreciação de equipamentos, pró-labore do dono e até mesmo o aluguel do espaço usado para produção. Dessa forma, você tem uma visão completa da rentabilidade.
Muitos confundem faturamento com lucro. Entretanto, uma empresa pode faturar milhões e ainda assim ter prejuízo. Por isso, a precificação rentável se torna fundamental para a sobrevivência do negócio.
Além disso, esse método ajuda a identificar produtos que parecem rentáveis mas na verdade sugam dinheiro da empresa. Igualmente, revela oportunidades de otimização de custos que passavam despercebidas. Assim, você toma decisões baseadas em dados reais, não em suposições.
Para quem serve o controle de lucro na ponta do lápis
Primeiramente, vamos ser diretos: calcular lucro real não é luxo, é necessidade básica para qualquer negócio que quer sobreviver. Contudo, muitos empresários ainda acreditam que podem "sentir" se estão ganhando dinheiro ou não.
A precificação rentável serve especialmente para donos de pequenas indústrias que fabricam produtos sob medida. Por exemplo, aquele empresário que produz móveis planejados e sempre fica na dúvida se cobrou o preço certo. Além disso, distribuidoras que trabalham com centenas de produtos diferentes precisam dessa análise para saber quais itens realmente trazem retorno.
Gestores financeiros também se beneficiam enormemente dessa prática. Afinal, eles precisam apresentar números concretos para a diretoria, não apenas "achismos". Da mesma forma, gestores comerciais usam a análise de lucratividade para definir quais produtos devem ser empurrados pela equipe de vendas.
Microempreendedores individuais representam uma fatia importante desse público. Com o crescimento de 24,9% na abertura de novos pequenos negócios no Brasil, segundo dados do Sebrae, muitos MEIs descobrem que precisam profissionalizar sua gestão financeira rapidamente.
Entretanto, não são apenas os pequenos que precisam dessa ferramenta. Médias indústrias frequentemente descobrem que produtos que pareciam rentáveis na verdade estavam gerando prejuízo silencioso. Por isso, gestores de marketing também entram nessa conta, pois precisam saber onde investir o orçamento de divulgação.
Igualmente importante é o papel dos gestores comerciais de distribuidoras. Eles lidam com margens apertadas e concorrência feroz. Logo, conhecer o lucro real de cada linha de produto faz toda diferença na hora de negociar com fornecedores e clientes.
Os principais benefícios de calcular o lucro real
Primeiramente, quando você domina o cálculo do lucro real, ganha uma visão cristalina sobre quais produtos realmente fazem sua empresa crescer. Muitos empresários ficam surpresos ao descobrir que aquele produto "campeão de vendas" na verdade estava corroendo o caixa da empresa.
A precificação rentável traz um benefício imediato: você para de trabalhar no vermelho sem saber. Por exemplo, conheci um dono de distribuidora que vendia determinado produto há anos achando que tinha boa margem. Quando fez as contas na ponta do lápis, descobriu que perdia R$ 2 em cada unidade vendida. Resultado? Parou de vender esse item e o caixa da empresa melhorou instantaneamente.
Além disso, a análise de lucratividade permite negociar com muito mais segurança. Você sabe exatamente até onde pode baixar o preço sem entrar no prejuízo. Dessa forma, não perde vendas por medo nem aceita propostas que vão quebrar sua empresa.
Outro benefício importante é a otimização do mix de produtos. Quando você identifica os itens mais rentáveis, pode direcionar seus esforços de vendas e marketing para eles. Consequentemente, sua equipe comercial trabalha de forma mais inteligente, focando no que realmente traz retorno.
Igualmente relevante é o controle sobre custos ocultos. Muitas vezes, pequenos gastos passam despercebidos e corroem a margem silenciosamente. Contudo, quando você faz o lucro na ponta do lápis regularmente, esses "vazamentos" ficam evidentes. Assim, você pode tomar medidas corretivas antes que o problema se torne grave.
Finalmente, ter clareza sobre a lucratividade real melhora drasticamente seu planejamento financeiro. Você consegue projetar crescimento baseado em dados concretos, não em esperanças.
Como começar a calcular seu lucro real
Começar a calcular lucro real é mais simples do que parece, mas exige organização desde o primeiro passo. Primeiramente, separe uma tarde inteira para essa tarefa, pois você vai precisar de concentração total. Além disso, tenha em mãos todas as notas fiscais, recibos e comprovantes dos últimos três meses.
O primeiro movimento é escolher um produto específico para análise. Evite tentar calcular tudo de uma vez, pois isso gera confusão e desânimo. Por exemplo, se você tem uma distribuidora com 200 itens, comece pelo produto que mais vende ou pelo que gera mais dúvidas sobre rentabilidade.
Em seguida, liste absolutamente todos os custos envolvidos nesse produto. Isso inclui o óbvio, como preço de compra do fornecedor, mas também os custos que muitos esquecem. Portanto, anote frete, impostos, comissão de vendedores, energia elétrica proporcional e até mesmo o combustível gasto nas entregas.
Contudo, o segredo está nos custos indiretos. Muitos empresários calculam apenas custos diretos e se iludem com margens falsas. Logo, inclua uma parcela do aluguel, salários administrativos, telefone e internet. Uma dica prática é dividir esses custos fixos pelo número total de produtos vendidos no mês.
Posteriormente, some todos esses valores e subtraia do preço de venda. O resultado é seu lucro real por unidade. Entretanto, não pare por aí. Multiplique esse valor pela quantidade vendida mensalmente para ter uma visão completa da contribuição desse produto para sua empresa.
Finalmente, documente tudo em uma planilha simples ou até mesmo em um caderno. Dessa forma, você pode repetir o processo mensalmente e acompanhar a evolução da lucratividade.
Quando é o melhor momento para calcular o lucro real
Definir o momento certo para fazer a análise de lucratividade pode ser a diferença entre salvar ou afundar seu negócio. Primeiramente, muitos empresários cometem o erro de esperar problemas financeiros aparecerem para começar a calcular lucro real. Contudo, essa abordagem reativa pode ser tarde demais.
O momento ideal para começar é logo após o primeiro mês completo de operação. Nesse período, você já tem dados suficientes para uma precificação rentável inicial. Além disso, ainda há tempo para ajustar preços e processos sem grandes prejuízos acumulados.
Entretanto, existem situações específicas que exigem cálculo imediato do lucro na ponta do lápis. Por exemplo, quando você percebe que o caixa está sempre apertado mesmo com vendas em alta. Da mesma forma, se a concorrência baixou preços drasticamente, você precisa saber até onde pode acompanhar sem quebrar.
Mudanças no cenário econômico também pedem revisão urgente. Com a inflação afetando custos de matéria-prima e energia, aquele produto rentável de seis meses atrás pode estar gerando prejuízo hoje. Logo, momentos de instabilidade econômica exigem monitoramento mais frequente da lucratividade.
Igualmente importante é revisar os cálculos antes de grandes investimentos. Se você planeja ampliar a produção de determinado item, certifique-se de que ele realmente traz retorno positivo. Assim, evita multiplicar prejuízos em escala maior.
Segundo dados do Sebrae, com 2,21 milhões de novos pequenos negócios abertos nos primeiros cinco meses do ano, a concorrência está mais acirrada. Portanto, empresários estabelecidos precisam revisar sua análise de lucratividade trimestralmente para manter competitividade.
Finalmente, sempre calcule lucro real antes de lançar produtos novos ou entrar em novos mercados. Dessa forma, você toma decisões baseadas em números concretos, não em expectativas otimistas que podem não se confirmar na prática.
Perguntas frequentes sobre lucratividade
Como calcular o lucro real do meu negócio?
Para calcular o lucro real, você precisa ir além da receita bruta. Primeiramente, some todos os custos diretos do produto, como matéria-prima e mão de obra. Em seguida, inclua os custos indiretos: aluguel, energia, salários administrativos e impostos.
A fórmula básica é: Receita Total - (Custos Diretos + Custos Indiretos) = Lucro Real. Muitos empresários esquecem custos "invisíveis" como depreciação de equipamentos ou pró-labore. Por isso, mantenha uma planilha detalhada com todos os gastos mensais.
Qual a diferença entre margem bruta e margem líquida?
A margem bruta considera apenas os custos diretos de produção. Já a margem líquida inclui todos os gastos operacionais. Por exemplo, se você vende um produto por R$ 100 que custa R$ 60 para produzir, sua margem bruta é 40%.
Contudo, após descontar impostos, comissões e despesas fixas, sua margem líquida pode cair para 15%. Essa diferença é crucial para uma precificação rentável e sustentável.
Como fazer análise de lucratividade por produto?
Analise cada produto separadamente para identificar os mais rentáveis. Liste todos os custos específicos: materiais, tempo de produção, embalagem e frete. Depois, calcule quanto cada item contribui para cobrir os custos fixos.
Produtos com maior margem de contribuição merecem mais investimento em marketing. Igualmente, itens com baixa rentabilidade podem precisar de reajuste de preço ou reformulação.
Com que frequência devo revisar meus preços?
Revise seus preços pelo menos a cada três meses. Custos de matéria-prima, energia e combustível mudam constantemente. Além disso, monitore a concorrência e o comportamento do mercado.
Tenha sempre o lucro na ponta do lápis antes de tomar decisões. Uma planilha simples com custos atualizados ajuda a manter a rentabilidade sem perder competitividade no mercado.
O próximo passo para dominar sua lucratividade
Agora que você conhece os fundamentos para calcular lucro real, chegou a hora de colocar a mão na massa. Lembre-se: conhecimento sem ação é apenas teoria cara guardada na gaveta.
Comece hoje mesmo escolhendo seu produto mais vendido e faça o exercício completo. Anote todos os custos, por menores que pareçam. Dessa forma, você terá sua primeira análise de lucratividade concreta em poucas horas.
Além disso, considere que ferramentas digitais podem acelerar esse processo sem complicar sua rotina. Plataformas modernas de gestão comercial já calculam automaticamente margens e custos, liberando seu tempo para focar no crescimento estratégico do negócio.
A precificação rentável é uma habilidade que se desenvolve com prática. Portanto, não desanime se os primeiros cálculos revelarem surpresas desagradáveis. Muitos empresários descobrem produtos deficitários e transformam essa descoberta em oportunidade de otimização de processos.
Finalmente, mantenha sempre em mente que lucro na ponta do lápis não é apenas sobre números. É sobre garantir que seu trabalho duro se transforme em crescimento real e sustentável para sua empresa.
Escrito por:
Mariana Cirilo